Sócio da AnLab, Frederico Renner, fala sobre o cenário gaúcho de startups (matéria publicada na revista Mais Sebrae)

Nosso sócio Frederico Renner abordou sobre o cenário das Startups no RS em matéria veiculada pela revista Mais Sebrae, edição de Março de 2021 (Revista – Ano 7 | nº19 | Março 2021 Inovar, Uma Forma de Encantar)

O cenário gaúcho de startups

O Rio Grande do Sul se transformou em um polo de inovação e tecnologia por conta de iniciativas que favorecem a conexão e a aproximação com maiores players do setor

O ecossistema de inovação encontrou no Rio Grande do Sul o espaço apropriado para o seu desenvolvimento e, pela primeira vez, a palavra startup nunca esteve tão em evidência no Estado como agora. Isso é o resultado do perfil empreendedor dos gaúchos em todas as áreas através de novos modelos de negócios que alteram a maneira tradicional de empreender. Surgem, assim, empresas pautadas pela criatividade, com uma boa base tecnológica para solucionar problemas reais do mercado e capazes de transformar toda a economia. Mas tudo isso não seria suficiente sem apoio, incentivo e, principalmente, parceria entre os diferentes agentes: universidades, governo, organizações como o Sebrae RS e investidores.

As startups são responsáveis por transformar o mercado de inovação gaúcho. O Rio Grande do Sul já possui 942 empresas desta modalidade e ocupa o terceiro lugar no ranking nacional, segundo o levantamento da Associação Brasileira de Startups (ABStartup). Porto Alegre aparece como a terceira capital do Brasil, com 557 negócios em andamento. Dentro deste contexto, surgem as mais variadas soluções para o agronegócio (agrietchs), varejo (retailtechs), indústria (indtechs), saúde (healtechs), educação (edtechs), finanças (fintechs) e alimentos (foodtechs).

Movimentos como Pacto Alegre, acordo entre instituições de ensino, governo, iniciativa privada e sociedade civil para estimular o empreendedorismo colaborativo, e o Poa Inquieta, um coletivo de pessoas que se organiza visando a transformação local, ajudam a fomentar esse cenário e servem de combustível para aquecer ainda mais o setor, que está em constante crescimento e permanentemente em transformação. “Temos um ambiente cada vez mais favorável, um estado com mão de obra qualificada, as universidades ajudam na formação, o agro é forte, a indústria é forte e possuímos um mercado para as startups explorarem e que não é tão competitivo como em outros lugares do Brasil”, comenta a Coordenadora Estadual de Startups do Sebrae RS, Debora Chagas.

Outras iniciativas surgem para aproximar e conectar toda a cadeia e funcionam como um hub, pois reúnem em espaços colaborativos algumas das principais startups do Estado como é o caso do Instituto Caldeira, da Fábrica do Futuro, do Tecnopuc, Tecnosinos ou do Parque Tecnológico de Pelotas. Os espaços servem para a troca de experiências, para realizar conexão e são inspirados em grandes centros tecnológicos como o Vale do Silício, nos Estados Unidos, que abriga muitas empresas mundialmente conhecidas como Apple, Facebook e Google.

“Esses ambientes trazem muitas conexões importantes para quem está empreendendo e favorecem essa comunicação entre as grandes empresas e corporações com as startups. Ao mesmo tempo, esses locais trazem uma base educacional importante porque têm muitos eventos, as aceleradoras se aproximam, os fundos de investimentos têm esses locais no radar e digamos que a roda começa a girar”, relata o conselheiro do Instituto Caldeira e diretor-fundador da Anlab, Frederico Mentz.

Programas com foco nas startups
Desde 2015, o Sebrae RS atua no desenvolvimento de startups para o mercado, com programas como o StartupRS, que possui suas versões de acordo com o estágio de cada empresa (Start, Digital, Scale) ou vertical conforme o mercado de atuação (Agritech e Shoes). O trabalho é realizado integrando todos os players que atuam nesse ecossistema, realizando atividades em sinergia para gerar maior impacto e contribuição entre eles, além de servir como um trampolim para o contato com grandes investidores a partir dos eventos realizados pela organização.

O cenário gaúcho é tão promissor que não faltam iniciativas para promover o ecossistema de inovação. No ano passado, por exemplo, o governo gaúcho lançou o Startup Lab. O programa estadual promove a conexão entre grandes empresas e startups gaúchas, fomentando o crescimento econômico e a geração de emprego e renda. Recentemente, a capital gaúcha se propôs a reduzir o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) para 2%, estimulando projetos de desenvolvimento econômico. São exemplos de ações que visam consolidar o Rio Grande do Sul como uma referência nacional e internacional de tecnologia, economia criativa e inovação, fortalecendo a economia local e preparando o Estado para competir em escala global.

Hub da capital

O Sebrae RS e o Instituto Caldeira possuem uma parceria para fomentar a inovação, o empreendedorismo e a nova economia do Estado. Trata-se de ambiente criado para conectar empresas e startups e colocar em destaque projetos inovadores, inclusive, junto às universidades. O espaço de 22 mil m² fica no 4º Distrito de Porto Alegre e já possui 39 empresas inscritas. O Sebrae RS tem uma área privativa com estações de trabalho e salas de reuniões com toda a estrutura. Vale a pena conhecer! Saiba mais em www.institutocaldeira.org.br.

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